Tuesday, December 18, 2007

Radio Head - webcameras head

Uma idéia simples na cabeça pode dar uma estética completamente diferente.
A prova disso é esse novo clip do RadioHead ;)

Thursday, December 13, 2007

Metrô me mandando email?


Que o sistema de metrô em Londres é excelente não é novidade. Mas confesso que com essa eu fiquei impressionado por uma coisa boba e ridícula mas que quando funciona faz uma diferença absurda. E a maioria das empresas infelizmente ainda ignora isso.

Quantas vezes na vida a gente preenche formulários para nada. Você vai numa loja, vai pagar com cartão de crédito, tem que preencher a porcaria do formulário, com cheque, a mesma coisa. E o pior é que muitas vezes as empresas gastam dinheiro com isso, pra nada ou entupir a sua caixa postal de lixo.



Você deve estar me perguntando mas o que pode ser tão ridículo de simples e que faz essa diferença enorme. Bem eu explico.

Quando comprei meu cartão de trânsito livre do metrô passei pelo mesmo processo que estou acostumado e tanto odeio. Formulário!!! Mas o diferente é que por incrível que pareça eu não me arrependi nem um pouco de ter respondido corretamentamente, pois recebo por email todas as comunicações em relação ao funcionamento das estações que mais uso. Com isso não tenho surpresas e ainda passo a confiar ainda mais nas pessoas que cuidam de toda essa parafernalha, apesar de quase não vê-los, afinal é praticamente tudo automatizado.

Nada como usar uma ferramenta simples de relacionamento pra promover um serviço bacana e ainda ter alguém fazendo "propaganda" disso gratuitamente ;)

Agora vai explicar que marketing viral não é só fazer filminho do YouTube.

Monday, December 10, 2007

A verdade sobre a Propaganda - The truth in advertising

Bem, descobri de onde vem isso. É um filme criado por um diretor chamado "Tim Hamilton" para sua promoção profissional, o que me assustou é que o filme já tem mais de 10 anos e traz uma ironia maravilhosa onde as pessoas não falam aquilo que gostariam mas apenas aquilo que pensam. O mais legal é que a história foi tão longe que o material virou um DVD que inclusive é vendido na Amazon com vários clips e cenas exclusivas.



Friday, November 30, 2007

Conteúdo Interativo - o que a Thaís tem a ver com isso?

Apesar da bola da vez dos próximos dez anos de propaganda e entretenimento serem protagonizados pela interatividade, seja onde for que ela ocorra, muito pouco tem se falado sobre o conteúdo interativo. E infelizmente muito pouco também tem sido produzido neste sentido. Mas nem por isso, a atenção e a relevância dessa prática representa menos do que a essência da modernização da comunicação.

No momento em que o consumidor passa a ser o controlador dos aspectos sensíveis às suas experiências de marca, o seu interesse é o que determina o seu nível de imersão e o tempo de relacionamento com ela. Assim, tudo muda de figura, ou seja, as marcas e a própria propaganda em si passam a desempenhar uma função mais ampla e ao mesmo tempo profunda com o consumidor do que simplesmente comunicar uma mensagem. E assim esse comportamento também influencia grandes produtores de conteúdo da industria do entretenimento, a TV e o cinema.

Começando pela TV, os Big Brothers da vida foram verdadeiras sementes da influência do público sobre a programação na televisão, ainda que numa ordem de grandeza de n para 1, ou seja, a maioria escolhe um resultado, uma possibilidade que é assistida por todos. No cinema no Brasil, ainda podemos considerar isolada a iniciativa do Cinema Interativo no lançamento do Fiat Idea Adventure, onde o conteúdo se desdobrava em histórias compostas por multiplas escolhas pelo público. A iniciativa até inspirou recentemente algumas outras ações como por exemplo as mini-histórias de “Antônia” no site da Globo.com.

Mas especulando ainda mais fundo, há algum tempo atrás o Brasil inteiro viu o capítulo final da novela das 8, Paraíso Tropical. Tudo bem, que a audiência aqui pode não assistir muito novela das 8, mas confesso que eu fiz parte desse “long tail” e acabei fissurado para ver quem matou a personagem gêmea-má, Thaís. A verdade é que a novela provou por A + B, que o seu final em si jamais seria tão interessante quanto a especulação sobre as possibilidades de diferentes finais. Em termos práticos, já pensou se as pessoas que se decepcionaram com a impunidade final da novela pudessem ver outros caminhos que castigariam os vilões ou ainda se os casais felizes tão previsíveis pudessem ter seus destinos modificados pelas probabilidades interativas? Enfim, não há dúvidas de que tudo seria muito mais divertido, não só o fato de existirem outros caminhos para a história acabar, mas a possibilidade de poder visualizar mais de um destino para a vida das pessoas. Afinal esse é um paradígma nato do ser-humano, que sempre se pergunta todos os dias sobre as outras escolhas que eles porventura poderiam ter feito em suas vidas.

A interatividade veio pra trazer esse poder sobrenatural para a indústria do entretenimento, e ainda especular sobre a influencia dos valores ou fantasias das pessoas dentro das histórias.

Hoje de fato a internet já é um canal perfeito para isso, a televisão em breve. Se os conteúdos produzidos pelos grandes players de entretenimento já estivessem sendo desenhados com essa amplitude, tenho certeza que o nível de aderência seria altissimo. Afinal quem não gostaria de experimentar um outro assassino para a Thaís? Não para a massa necessariamente, mas para satisfazer a própria vontade de dar um fim diferente ao senso comum ou uma simples vontade pessoal.

Enfim, será que chegou o tempo de um novo tipo de entretenimento? Imagine as novelas-games, os mini-série-games ou os filmes-games. E o melhor, com dinâmicas completamente diferentes de “mídia” ou "conveniência", esteja espectador sentado no sofa, na frente do computador ou no metrô voltando para casa.

Eu acredito que a resposta para isso tudo já está dada e muitos envolvidos ainda não acordaram para isso. É só o criativo-interativo entender que comunicação interativa é muito mais que flash, html, ajax e o criativo de programação de tv entender que o mais legal é a especulação sobre as possibilidades e não necessariamente a sua versão predileta.

Thursday, November 29, 2007

Creative Social in SP

É bem verdade que essa edição não deu para participar. De qualquer forma deve estar sendo no mínimo engraçado 30 diretores de criação gringos se virando na cidade de São Paulo.
Parabéns Fefa pela organização do evento. Mark & Daniele, it was great to get Brazil this time.
Espero que todos curtam o Drosófila.

Obrigadão Marina e Fernanda pela ajuda estrutural. Tô acompanhando de longe ;)

Friday, November 23, 2007

Oba-oba criativo

A democratização do insight ou da participação de um brainstorm é importantíssimo, mas definitivamente não é sinônimo de um produto criativo.

É a mais pura verdade que todo mundo tem o direito e o dever de ter boas idéias, boas soluções, boas inspirações e até aspirações para que as dificuldades da vida ou até as necessidades de um cliente sejam resolvidas.

No entanto, para cada um, existe um processo que é baseado nas suas características individuais. Algumas pessoas são mais imediatistas, outras práticas, umas racionais, existem também os viajandões, os intimistas e até os Barbárvores que levam 300 anos pra falar, mas quando falam vale cada segundo em que permaneceu calado. Tenho certeza que cada um tem a sua solução baseada no seu estilo de ser e de suas referências.

Porém, o que tem acontecido muito por aí é o estabelecimento como modelo de processo criativo a simples exposição de insights e dinâmicas de discussão multidisciplinar, ou seja, com certeza será considerado como o produto criativo o que será mais coerente inicialmente, o que todas as partes concordarem e o que por fim não for discrepante para os objetivos básicos. Só que infelizmente numa reunião de dinâmica dessa natureza só há espaço para o desenvolvimento das primeiras idéias que vem na cabeça de cada um que estiver ali, isso quando os outros não estão ouvindo absolutamente nada pois estão construindo mentalmente alguma coisa pra falar quando o próximo calar-se. São reuniões típicas onde passam-se horas falando sobre obviedades, sobre as referências comuns a todos, além de chegar a um senso quase sempre previsível.

Mas isso não é culpa dos envolvidos e sim do processo em si. Isso aconteceria com qualquer sala repleta de gênios. Imaginem só, Da Vinci, Van Gogh, Gandhi, Vinícius de Moraes e Darwin tentando resolver qualquer coisa em conjunto. Não tenho a menor dúvida que se saíssem 2 vivos dessa reunião já seria muito. E o produto da reunião? Talvez o que Darwin chamaria de “teoria da confusão”.

Agora faz o seguinte, experimente fazer o contrário, imagine dar um tempo para um desses gênios ou qualquer pessoa, um reles mortal se debruçar individualmente ou no máximo em dupla, em tripla, ou até em quadra, mas respeitando acima de tudo afinidade e a sintonia (palavra boa para essse caso) e instiguem-os a visitarem seu repertório, seu consciente, seu subconsciente, fazerem todas as associações possíveis, previsíveis e imprevisíveis, misturá-las, ir pra frente, ir pra trás, selecionar várias, invertê-las, e no momento em que cada um tiver com o que for de melhor no seu jeito de pensar apresente em uma reunião. Essa reunião deve ser bem orientada onde em cada momento um apresenta e os outros absorvem, ouvem e colocam sua contribuição. Eu não tenho a menor dúvida de que todos terão excelentes colaborações em todas as soluções, e que as soluções encontradas não teriam tanta força e riqueza se não tivessem sido buscadas num processo realmente criativo.

E o que é um processo criativo? É essa atividade que busca, a concentração, a atitude de refletir internamente e de tentar encontrar algo inesperado ou algo que sensibilize, que toque e realmente fale algo de novo ou de uma forma nova.

Bem, é assim que nesse mesmo processo também surge um escultor que pode fazer uma excelente composição ou até mesmo um pintor que pode resolver enigmas matemáticos. É uma questão de concentração, de criação, não de repentismo, chutaísmo ou discussão, seja você um planejador, um diretor de arte, um atendimento, um jogador de golfe ou um DJ que vai colocar um som numa festa.

Ah, lembrei-me agora daqueles shows beneficientes do tipo Live Aid ou SOS Planet Earth em que no final sobem no palco 10 bandas pra tocar a última música junto. Aquilo é um horror e não passa de uma política romana antiga do pão e circo. Mas e você, afinal, o que você preferiria, ter dez mp3 de músicas tocadas por 10 bandas juntas ou dez mp3 com as melhores músicas dessas 10 bandas?

Saturday, November 17, 2007

Glue London - Agency of the Year 2007



Tem sido um enorme prazer trabalhar na Glue aqui em Londres. Mais do que uma agência totalmente focada no produto criativo como diferencial do business, é uma agência de comunicação interativa que traz em seu âmago a busca de idéas que entretenham o consumidor e que acima de tudo se descolem da paisagem ou do senso comum.

Além disso, a Glue consegue a proeza de ao mesmo tempo em que mantém o rítmo criativo frenético ser considerada uma das 100 melhores empresas para se trabalhar da Inglaterra. Ou seja, uma mistura de espírito ousado com uma atmosfera e clima de trabalho excelentes fazem desse lugar algo muito especial, podendo ser percebido da qualidade criativa, até a finalização. São aproximadamente 120 pessoas com o mesmo foco, fazer um trabalho sedutor impecável, do planejamento à produção. Convivendo como uma família, sem diferenças territoriais ou ainda hierárquicas. É fácil perceber isso, basta ver no site onde a agência expõe toda sua equipe, sem exceção e sem as patentes. Uma descrição sobre o espírito e as características de cada um, o que já suficientes para mostrar o que é importante saber sobre cada um e captar o espírito como um todo. Confesso que toda semana eu fico de fazer o meu, mas infelizmente ainda não deu tempo.

O mais interessante sobre essa agência é que isso tudo não é uma novidade, ou seja, há 3 anos ela é considerada "uma das 100 melhores empresas para se trabalhar na Inglaterra" e o título de agência criativa do ano também vem como unanimidade desde 2004.

Parabéns ao Mark, Seb, James e todo mundo por manter essa essencia absoluta sobre todas as outras coisas.

Wednesday, November 14, 2007

El Ojo Inovador de TV e Cinema tem Brasil representado pela Click


É isso mesmo. A categoria inovação de Cinema & TV do El Ojo esse ano tem um trabalho criado pela AgênciaClick representando o Brasil.

Categoría 1: Cine TV

1. Campaña Interactiva de cine, de Agencia Click para Fiat.
2. Camreality, de Conill para Toyota.
3. Cirugía, de Madre para Nike Latam.
4. Feliz Año Nuevo, de Universal McCann España para Mastercard.
5. Mecí, de McCann Argentina para Canal 13.
6. Perfecta para todos, de Universal McCann España para Coca Cola.

Ranking mundial criativo

Saiu hoje o release de como anda a criatividade da nossa indústria no mundo inteiro.
Os resultados são bastante surpreendentes e ninguém ainda se deu conta de alguns detalhes importantes.
Começamos por analisar a posição nacional em todas as categorias. O Brasil pula do sexto para quarto lugar com 90 pontos no total do Gunn Report.

22 pontos em TV
27 pontos em impresso
41 pontos em comunicação interativa

Vale dizer também que em comunicação interativa o Brasil está com a pontuação quase dobrada das outras categorias. Além de que assegura a terceira posição no rank interativo perdendo apenas para Estados Unidos e Inglaterra.

Aproveito para parabenizar à criatividade interativa do país mesmo de longe, mas também dizer que podemos ir bem além.

Tuesday, November 13, 2007

London Awards 2007 - Brave Farfar


Bem, acabei de voltar da cerimônia de premiação do London International Advertising Awards, onde tive a oportunidade de ser jurado pela segunda vez.

Além do prazer de encontrar com amigos, a festa teve uma beleza especial pelo fato de que hoje havia saído o Gunn Report Oficial onde a Farfar e a Crispin estavam empatadas em primeiro lugar entre as agências interativas. O que é novidade é que não há mais desempate. A Farfar (isobar) dispara na frente com a consquista do Grand Prix, um ouro e um prata no festival mais difícil do mundo, o LIAA.

Congratulations to Matias and Nick. You deserve it.

Monday, November 05, 2007

The revolutionary communication


A Apple esse ano desenhou o Iphone e realmente lançou uma interface revolucionária, onde a relação homem interface nunca foi tão bem executada. Mas a história da revolução da tecnologia não parou por aí, muito pelo contrário.

Agora, essa semana vem dar início à verdadeira revolução, não só no mundo tecnológico mas na vida das pessoas, a revolução não será em uma interface com um aparelho, mas nos hábitos, na estrutura da relação na comunicação entre elas. Esse lançamento não é um evento tecnológico, é um acontecimento tal como a internet representou para o mundo tamanha transformação. Esta semana será lançado o SkypePhone, um aparelho que traz como formato a herança do telefone celular, mas que tem um papel estrutural completamente diferente na vida das pessoas. Um aparelho que permite a conexão e a comunicação totalmente gratuita entre países diferentes por audio, por vídeo e ainda traz mobile TV. Para quem está pensando nos hábitos atuais do velho conhecido "telefone" não há dúvidas que a conclusão sobre a economia que isso representará para o consumidor é gigante, mas por outro lado, imagine esse aparelho como um canal aberto de comunicação com o mundo todo, assim como o MSN, o Orkut, o Facebook ou qualquer outra iniciativa dessas, imagina isso em vídeo, em voz e independente de computador. Imagine-se entrando em contato com pessoas que trabalham com a mesma coisa que você só que na Austrália, ou seja, uma grande rede social mobile está sendo criada. Aliás, já já alguém vai chamar isso de mobile 2.0.

Aqui em Londres essa semana também está programado o lançamento do Iphone, mais precisamente dia 9, mas por incrível que pareça mesmo custando 239 libras quase R$ 900,00 não está nem fazendo cócegas perto do alvoroço pela chegado do SkypePhone. Seu custo será de apenas 89 libras (360,00) para quem quiser adquirir 2 de uma vez e o desconto é progressivo conforme a quantidade de aparelhos que um indivíduo, empresa ou grupo queira ter.

Bem, enquanto as operadoras no Brasil e Estados Unidos discutem se travam ou desbloqueiam o uso dos celulares para outros prestadores de serviços por aqui na Europa e no mundo da telefonia 3G as pessoas vão trocando seus números por seus nicknames.

Saturday, November 03, 2007

Sustainable and mobile energy

Essa foi realmente um semana cheia e muito diversificada. Ontem, quinta-feira, passei o dia na De-Construct onde participei do desenvolvimento de um novo projeto para Panasonic e achei que já tinha tido novidades suficientes para a semana, quando hoje sexta-feira, a minha segunda desde que cheguei aqui, ao voltar de uma reunião na sede da Isobar flagrei uma novidade no mínimo interessante e não foi nas páginas da Wired não, foi dentro do metrô mesmo, mais especificamente na minha frente. A portadora dessa nova invenção desceu junto comigo na minha parada "Gloucester Road", o que me deu oportunidade de observar por bastante tempo os detalhes daquela novidade e ainda tirar uma foto com celular. Ela portava nada mais nada menos do que uma mochila aparentemente normal. A diferença é que a mochila tinha painéis de captação de energia solar e fornecia à sua proprietária energia para alimentar o que fosse de seu interesse como celular, recarregar seu Ipod e etc.

Parace mesmo que o homem se tornou totalmente dependente de seus gadgets e agora mais do que isso, se tornou dependente constantemente de uma fonte sutentável de energia para mantê-lo conectado ou no mínimo ligado aos aparelhos que sustentam sua nova dinâmica de vida. Isso é uma prova de que estamos vivendo realmente uma fase de revolução dos hábitos dos consumidores em função da teconologia, em função do seu conforto e seus novos costumes.

Tuesday, October 30, 2007

@ GlueLondon (Isobar) e + London

Primeira semana de trabalho. No começo a cabeça vira do avesso e no final de cada dia é como se você vivesse 2 dias em 1. Leva um tempo para o cérebro acostumar à nova vida de ter que funcionar 100% em outra língua, ainda mais em um lugar com tanta gente de lugares diferentes, ou seja, um festival de sotaques. O sotaque mais difícil é de um dos caras mais bacanas e de bom papo que conheci mais de perto recentemente, o escocês Mark, CEO da Glue.


É muito bom duplar com o Seb que é um cara fantástico, tocar e conhecer novos clientes, projetos e ainda saber que ainda tem muito mais coisa para acontecer. Ou seja, se trabalhar em uma agência bacana é legal, trabalhar em várias, com vários mercados, com várias realidades é fantástico ; ) Thanks Isobar.


Por falar em realidades diversas, hoje pela manhã estava no metrô da Central Line quando vi um anúncio de um dos produtos do capitalismo mais geniais já inventado. Trata-se do Peace Oil, não é brincadeira, é verdade, um azeite que é produzido na Palestina. O azeite é feito por árabes e judeus. Acreditem e pasmem, mas eles criaram uma empresa onde árabes e judeus trabalham juntos para apurar as suas técnicas na produção do azeite e criaram uma marca que representa e estimula esse valor da integração. Imagine um judeu comendo uma ciabata com azeite produzido por árabe e vice-versa?

(Hoje pela manhã, tive um problema com a atualização pelo mobile, por isso saiu tudo pela metade. Problema resolvido)

Sunday, October 28, 2007

Primeiras impressões e experiências no UK

Uma coisa é você vir a passeio a Londres, outra completamente diferente é viver diariamente a realidade. Aqui vão algumas observações.



Clima
- Como diz um amigo meu, tudo que se fala sobre Londres é um exagero, menos o clima. Enfim, frio pesado lá fora (ensaio para o inverno) e tudo quentinho aqui dentro de casa (aquecedores em todos os ambientes).



Super-mercado
. 1 espiga de milho custa o mesmo que 1 queijo Roquefort enorme (4 libras). 300g de Parma de primeiríssima, 3libras, 1 cacho de banana também 3 libras. 1 bom vinho Sauvignon você acha vários por menos de 10 libras. É tudo discrepante e se você não abre o olho facilmente pode cair na tentação de ter uma alimentação terrível e virar uma baleia.

Povo - Mistura completa, mas prevalece a educação.

Característica britânica - adora tradição, seja qual for, sustentar hábitos em função de um prazer, uma inspiração, uma crença ou simplesmente para criar uma referência. Adoram piadas irônicas ou deixar umas cascas de bananas nas conversas pra você cair nas piadinhas. Se divertem sozinho com essas coisas, é um prazer maluco deles. Leve na boa que você se divertirá e ainda aprenderá bastante ; )

Vida Digital - Avançadíssima. TV no celular, tv digital com "propaganda-sites" na TV, exatamente como a gente vai passar a ver no Brasil a partir de dezembro. Aliás aqui só faltam 12 meses para eles desligarem o sinal analógico da tv. Ah, tem também celular de graça. Como assim? O serviço Telecom aqui é tão commoditie que recentemente lançaram esse modelo. Simples, você recebe um telefone que foi patrocinado por algumas marcas. No momento em que você habilita o telefone, você recebe mensagens, vídeos e MMS em formato de propaganda no celular. E caso você não queira nada disso? Ótimo pague 21 libras por mês e tenha 700 minutos e 700 mensagens. Quanto custa no Brasil 700 minutos mesmo? Mas se você ainda acha que 21 libras é muito, tudo bem, você pode balancear isso colocando um pouquinho de propaganda no seu celular pra baratear mais. Você faz o match do jeito que quiser. Mas e se você quer um pré-pago pra não ter que se vincular a nenhum plano? É só comprar online o seu cartão SIM por 2 libras que ele chega na sua casa 4 dias depois pelo correio. Você deve estar se perguntando, mas isso não vai custar um absurdo, afinal um cacho de bananas não custa 3 libras? Não, na verdade você pagar 10 centavos de libras os 3 primeiros minutos de cada dia e os minutos subsequentes podem custar 3 centavos de libras. E internet em casa? A conexão de internet na sua casa com 24MB de conexão de verdade custa 25 libras e se você não gostar do serviço em até 100 dias pode cancelar que o seu dinheiro é devolvido.

Transporte - metrô ótimo, limpo e conservado. Taxi só em casos extremos ou necessidades especiais. Não consegui ainda me imaginar dirigindo tendo que sair de uma dessas rotatórias (balão) pelo lado contrário (direito), parece que você vai causar um acidente gigantesco.

Passeios - parques, museus, galerias, teatro e shows.

Agência - ambiente bem mais ligado à arte e sofisticação em geral do que no Brasil. Isso influencia totalmente o processo, os hábitos e a estrutura da agência. Confesso que pessoalmente sinto falta da mídia junto da criação. De qualquer forma essa divisão mercadológica de agência de criação e agência de mídia por um outro lado faz com que as soluções criativas sejam mais livres da compra de espaço e as experiências interativas sejam mais virais por si só. Pint (beer) no final do expediente é absolutamente normal, inclusive dentro da agência.

Clientes - exigentes, inteligentes e arriscam mais. Ao contrário do americano que busca a fórmula do sucesso, o cliente britânico busca ser inusitado e fugir das fórmulas. Tive a experiência de acompanhar um cliente que era PhD em antropologia (medo) que soltou uma ótima. "Não pretendo fazer focus group porque não acredito que isso é uma ciência exata. Não podemos prever o comportamento do consumidor nesse nível, o ser humano não é previsível a esse ponto. Temos que botar a cara a tapa, se não der certo temos que ter um plano B para corrigir, mas estamos fazendo o nosso papel em tentar inusitar. Tô com a agência". Acredita?

Enfim, esses são alguns dos pontos que pude perceber nesse pouco tempo aqui. Me deixa então aproveitar o final de semana. Afinal também sou filho de Deus... até a próxima.

Monday, October 15, 2007

Green Beans (Steve Jobless)

Entrevista imperdível com Steve Jobless !!!
Resources economy for environment ;)

Friday, October 12, 2007

Fase de transição : )


SP < -------->LONDON

Olá amigos. Bem, este blog que inicialmente batizei de Day-by-Day vos agradece a audiência e sobretudo a sua paciência por muitas vezes não atender às expectativas criadas pelo seu próprio nome.

Confesso que existe um bocado de incoerência nisso. Mas aqui pra nós, coerência demais enche o saco e torna tudo previsível, né? Sei que a dinâmica de atualização do blog nunca fez realmente jus ao nome. E o pior é que quanto mais atribulado e corrido era o meu dia-a-dia, mais desatualizado ele ficava. Isso quer dizer que quanto mais assunto eu tinha, fatalmente menos condições de compartilhar com vocês sobrava e logicamente mais tempo eu devia para minha família. Resultado: Nunca consegui atingir esse equilíbrio, mas acredito que um dia pelo menos serei bem melhor nisso do que hoje.

O Day-by-day foi ao ar pela primeira vez em maio de 2006, com a intenção de retratar aos amigos brasileiros os momentos interessantes vividos em Cannes como jurado. Nessa época chegamos a ter 1600 visitantes únicos por dia. E se por um lado eu alimentava a expectativa por aqui, por outro rolava a pressão de que como jurado eu não poderia falar nada do que rolava de fato. Nesse cenário, fiz o melhor que pude dentro do tempo e diante das informações que eu podia publicar. Ainda assim o saldo foi positivo e a incoerência se tornou meu aliado. A minha primeira experiência de "blogueiro" foi inaugurada e serviu pra muita coisa, fiz muitos experimentos, amigos e o mais importante, aprendi muito, mesmo que ele não seja nem de longe algo exemplar. Entretanto se houve um motivo pela qual achei relevante continuar o blog foi para compartilhar minha opinião sobre os fatos ou desafios de mercado vividos.

E este um ano de blog foi um ano dentre os vários anos de trabalho vivenciados em um ecosistema chamado mercado brasileiro que evoluiu muito e chegou onde chegou às custas de muita luta e de muita gente de valor. Agora, neste momento vivo um processo de transição, onde me desligo temporariamente desse ecosistema e me preparo para adentrar um outro. Acho que não poderia haver momento melhor, não por fatores externos, mas por mim mesmo. Optei por um ecosistema que me permitisse desenvolver muito mais do que uma adaptação física ou climática. E já que uma vivência em outro ecosistema invariavelmente influencia a nossa genética bilógica optei por um ecosistema que pudesse contribuir positivamente sobretudo aos meus pensamentos, às minhas atitudes e por consequência também ao meu trabalho. Por outro lado, sou um ser que levo a esse novo ecosistema diversas características biológicas que desenvolvi e assimilei aqui no nosso. Vou para trocar verdades temporárias e sobretudo solidificar as permanentes. Vou para misturar cores diferentes, aprender novos instrumentos, mas também ensinar os que aprendi e os que inventei. Vou também para ser uma ponte, sem desconectar, nem da Click, nem de ninguém, ao contrário, conectando a Click a outros mundos, tal como a interatividade, uma via de mão-dupla. Nosso cordão umbilical será a Isobar. So far, so close!

E assim esse blog continuará funcionando sem promessas, porém verdadeiro, mesmo que os posts daqui pra frente possam não ter nada a ver com os assuntos que sempre tratou. E já que você leu esse post até aqui, vou te dar te presente o link de um blog de um amigo de infância, ex-dupla (redator) que simplesmente relata de forma maravilhosa o Day-by-Day dele desde que passou a morar nem Paris. (http://www.cheriaparis.blogspot.com).

Até a próxima e um grande abraço!

Wednesday, October 10, 2007

AgênciaClick indicada no Caboré ???


Desculpem o post "chapa branca" na lata, mas eu tenho que ser verdadeiro.
Fiquei muito feliz com a notícia. Não só por fazer parte dessa agência que é uma total mistura de raças, mas pelo que isso representa em termos de quebra de paradígma. A Click já foi vencendora do Caboré na categoria Especialização, mas é a primeira vez que vai concorrer como Agência de Comunicação.
A indicação em si já é uma vitória, do mercado interativo como um todo e principalmente da indústria da comunicação que vem cada vez mais rompendo as barreiras, sendo cada vez menos sectarista e procurando respostas originais para velhos dilemas.
Acho que essa candidatura é uma representação de todo mundo que está procurando soluções diferenciadas independente de meio, de todo mundo que de uma forma ou de outra se sente parte desse momento carente de mudanças. E não tenho dúvidas que se existe uma agência que tem feito de fato coisas novas e relevantes em vez de ficar só no bla-bla-bla, essa agência é a Click.

Tuesday, September 25, 2007

Saturday, September 22, 2007

About advertising and interactive advertising - (Interview)

This Interview was published in Portuguese and English versions at www.jornalirismo.com.br.
To share with my friends abroad I got the english version.
(by Andy Davis, andydavis@uol.com.br)


Jornalirismo – I’d like to start from the beginning. Where and when were you born?

Ricardo Figueira – I was born in Brasília in 1971. In other words I’m a “candango”. Although most folks born in Brasília object to being called “candangas” it doesn’t bother me, in fact I’m proud of it. The Candangos denotes the pioneers who built the city of Brasília in the middle of nowhere and not those who were born there, but I identify more with this hod-bearing spirit than the suit boys in Congress. Soon after birth I went to Rio de Janeiro where I lived for some time with my parents and was baptized a Flamengo supporter, even though I knew not of the suffering this would mean years later. Following my parents’ separation, I went back to the capital with my mother, where I spent my adolescence, and then embarked on my professional career.



Jornalirismo – What was your childhood like in Brasília? Tell us a memorable moment that will be with you forever. I have already read the one about your first work of art, the episode with your grandfather Jorge Castello Branco de Carvalho, placing the family crest on the windmill at the entrance to the homestead. Was that important in your subsequent decision, on which direction to head in?

Ricardo Figueira – Actually my grandfather was a very important figure in my development in all senses, I could even go as far as saying that he was chiefly responsible for the direction my life took. Without realizing, he opened up a kind of Pandora’s box in my head. He was a civil servant, as were most residents of Brasília at the time, and as a hobby he crafted and sculpted in wood. Early on, he spotted my fascination for his work and gave me opportunities so I could experiment with creative initiative even at just 10 years of age. Since then I started enjoying myself producing “art” empirically, which, much later on and with technique, I would come to know as design. And this is how it all began. But actually, my birth place, Brasília city, also heavily influenced my upbringing. This apparently boring place is much crazier, more interesting and paradoxical than it seems. Not to mention its architecture and urbanism which ends up involuntarily educating your eye to see composition and harmony wherever you cast your eye. Brasília has a functional architectural project responsible for creating a geographic organization which you become dependent on. It is also a place which suffers the everyday strong pressures of the political atmosphere, but yet contradictorily on the other hand creates a certain rebelliousness and strong artistic expression such as counter-position, particularly in the music. In the same way that Rio de Janeiro, for a while, inspired the Bossa Nova generation of “Girl of Ipanema”, Brasília in the eighties inspired post-dictatorship rebellious national rock. Fortunately, I intensely experienced this period where we were all protagonists of this history. Everyone played an instrument, had a band, had some truths to be spoken and a show to give at the weekend. So music ended up becoming an influential factor in my DNA during my adolescence. Upon growing more mature it’s clear that my repertoire opened up and rebelliousness took a back seat. However, the musical intensity never burned out and today is an integral part of my creative processes. So in short, I could declare that since a kid my roots have been involuntarily influenced by design, architecture and music.
Jornalirismo – What’s your educational background? Did you go through University?

Ricardo Figueira – I took business administration at the AEUDFand studied Graphics Design at ESPM. Later on I had the opportunity to take part in several international courses more linked to interactivity.

Jornalirismo – What are your main references/idols?

Ricardo Figueira – I recently began to write a book on creation, but with no intention beyond self-understanding really. I thought that one of the ways I could make reference to my influences was to create a chapter about my top 10 creative figures and how they influenced and inspired me. I have to admit that biggest challenge was narrowing it down to ten. But I just relaxed and chose unfettered by the order or time. Here they go:

My grandfather Jorge Castello Branco de Carvalho, through the capacity to get me involved, to awake admiration, respect and willingness to learn.

- Angenor de Oliveira (Cartola), through sensitivity and creativity.
- Vinicius de Moraes, for the unquestionable competence in the art of communicating and describing his feelings.
- Walt Disney, a creative individual focused on entertainment as the essence of his creation.
- Van Gogh, for his sensitivity.
- Hanna & Barbera, two ironic and loveable jazz artists. They created the music for their cartoons and the cartoons for their music. The result is genius. It is much more than cartoon and much more than jazz.
- Leonardo da Vinci, sensitivity and intelligence mixed in a supernatural manner.
- Francis Ford Coppola, literally for the trilogy “The Godfather”. - - Martin Scorsese, for the ability to reinvent himself and adapt while retaining his identity.
- Bill Bernach, for his brave creativity, authenticity and all that he left us in our industry.


Jornalirismo – How did you get into interactive advertising? You were owner of the Atelier design agency. What was done their and how did you end up here?

Ricardo Figueira – Well, I began working as a designer around 1991. In 1995 I got to know the Internet. I remember that at the time, I was fascinated by the fact that it allowed me to create, produce and propagate something that was 100% made by me, that is, the whole process was under my control and plus: the material upon publishing would be accessible to people the world over. It was crazy to imagine that it was just to think up something, create and hey presto: It was up and live. Another thing that was for me the biggest factor through the Internet that hooked me was its interactivity. Obviously back then they didn’t have a tenth of the resources available nowadays, but the concept of reciprocal contact and establishing a channel of rapport always enchanted me. It was literally, you in touch with the world and the world in touch with you, Conceptually, having a website was like having a television channel, only with you doing the scheduling where your imagination was the limit. This was how the Internet value dawned on me, and then I became ever more drawn by digital communication, and went on to incorporate this into my projects at the time. In 1997, I set up my design studio. Soon after, the design office changed into a communication agency with three fronts: design, Internet and advertising. And from there Atelier was born. I recall the model we thought of at the time was very interesting, as the focus was not specific media but creative solutions for clients’ problems. Even in the first year, we had strong recognition from the regional market, although the digital world was growing at a meteoric rate within the agency, through both demand and our passion for interactivity. Subsequently, due to a strategic business decision, we decided to focus the agency solely on digital communication to cater for the demand and give it the dedication it deserved. It was a very assertive decision, sufficient to start getting recognition in several areas and markets as a creative reference. One day in 1999, I received a link from a site of an agency whose focus was Internet. It was AgênciaClick. I remember to this day the wave of feeling which broke over me, through identifying with the mission the cause and the challenge. Incredible though it may seem, a few months later who stepped in our Brasília office one day but Pedro Cabral (CEO of the agency), with André Carvalho (Opportunity Investor), to get to know us personally. They already knew a lot of our work and the awards at the time. The love affair between AgênciaClick and Atelier started right there and we swiftly went into wedlock, more exactly in the year 2000. Since then a lot has happened, always intensely and marked by the bold.

I remember winning my first Lion when I was in Brasília. That was a huge break in paradigm: It was extremely unlikely that an agency outside São Paulo would win a Lion in Cannes, let alone the gold.
So things went forward resulting in a lot of work, and not as the result of some impressive plan to reach a certain level. This has always led me to believe that we have to focus on doing our best and doing it with passion, the rest is a consequence. I have been at Click since 2000, considered something of a miracle given the dynamics of this market but the truth is we are always seeking to reinvent our everyday routines, refining beliefs and projects. I think this is the ingredient of a long-lasting marriage.

Jornalirismo – In your opinion, what are the virtues and qualities of Brazilian interactive advertising?

Ricardo Figueira – I believe the greatest virtue of Brazilian interactive advertising is simplicity. It’s the ability to create and communicate something simply yet boldly. However this has proved insufficient to differentiate. We are going through a period in which the agency and client need to strive to go well beyond this.

Today, interactive advertising is much more than getting across a message in a simple and intelligent manner and generating clicks.

Interactive advertising is involvement, relationship, entertainment, or any thing that can bring about an experience unlimited in terms of time and depth.

Jornalirismo – What’s the Brazilian interactive advertising market lacking? Professionalism? Planning? Funds?

Ricardo Figueira – In a way what’s missing is parameters. The Brazilian interactive market is currently made up of different “Brasis”, several cultures and different views of what interactive advertising is. And this is happening globally, in the United States, In England and Japan. It’s a very wide cultural diversity within a single market, it creates very disparate situations of realities and visions, leading to a lack of parameters or something that could characterize a generic snapshot of what the interactive market actually is conceptually in this country.

Amazing though it seems, to a lot of people, interactive advertising is just manipulating digital media. In this case what’s lacking is maturity. Clearly this small thinking will produce results of the same proportion. Meanwhile those brands which are more atuned, bold and flexible are streaks ahead of the competition, creating a valuable asset with its public.

Concerning funds, investment in interactive advertising in Brazil today is made up of a range of elements which pool different movements and initiatives of varying nature, creating representation which grows exponentially. This growth occurs for two reasons. Firstly, through the need to optimize communication, increase sales, as well as the relationship with the consumer, and chiefly brand building. Secondly, due to the changes in consumer habits amidst the technological evolution.

Jornalirismo – How do you assess the 2007 Cannes Festival results, focusing on Cyber (Internet)?

Ricardo Figueira – I honestly think that Brazil could have done better than it did. The shortlist left a lot to be desired given the textual content, yet Brazil performed well again. The key thing is to open up the mind and try to analyze what is happening in a little more depth, independently of the results. Increasingly, brands and clients are developing their interactive offerings, regardless of media, format or the latest nomenclature which happens to be given to explain this phenomenon. The Cyber category definitively became one of the platforms of modernization of communication, it’s just to look at the various Grands Prix [Big awards, the top awards in the festival], including other categories such as Titanium, Films and even Outdoor, are initiatives which stem from an interactive medium or nature. We were also very happy about the Lion we won in Cyber [a bronze, with a banner for Fiat], but also the other great achievement this year was being short-listed in the more difficult and sophisticated category of Media Lion, with the interactive film for Fiat [Fiat Adventure launch].


Jornalirismo – In my view, Cannes has decreed, definitively, the end of the “Banner Era” and Brazil has lost out. Nobody wins with just a banner anymore. Integration and planning is needed. Do you agree?


Ricardo Figueira – Excuse me for the correction, but Cannes has not decreed the end of the “Banner Era”. Definitively, a banner or any other element of online media is very important within a planning or interactive strategy framework. There are strategies there in which a banner is not required, but decreeing its demise is another thing. The festival actually has a specific category for this: the advertising online category was awarded as it has been every year. We shouldn’t get things mixed up.

The problem is that to this day, Brazil places more entries in this category than in any others, not as an option but more as a reflection of market set-up really. And unfortunately when this category is not going too well Brazil’s chances are much lower.

There are two separate issues. We can forget vilifying banners. One thing is the way Brazilians enter their pieces in award processes while another is declaring the demise of the banner. In this discussion on awards, the hole is much deeper down and involves several other factors which create a scenario whereby a lot of foreign judges give Brazilian work short shrift. Now as a matter of fact Brazilians make banners like no one else, it’s just to get a track record of the festival and compare results. In the same way that Europeans produce car sites like no one else, the Japanese create interactive urban interventions like no other, or the Americans produce integrated campaigns like no other, each in accordance with the cultures and diversity their markets provide for.

Obviously a campaign or interactive action must go far beyond a banner, or use it as a tempter to a fuller experience. But there’s no doubt that the banner or online media piece is important to tell people that something is happening, whether this be an unmissable experience or simply an offer not to be missed.

Jornalirismo – The Film Grand Prix, “Evolution”, for Dove, was the same which won in the Cyber, and was a campaign originally produced for the Internet. Is this a sign of a new era in advertising, the era of media integration?

Ricardo Figueira – I wouldn’t say this piece itself is the product of media integration, but a lot of integration yes, between client and agency in search of differentiated communication.


This award is yes, a sign that a lot of changes are underway not in the future but now. When I saw the award I must say I was very pleased. In fact it’s the first time an Internet film has won the Grand Prix in the film category. This indicates a predilection of the jury for the creative idea itself, as being separate from the sectarianism of the format or origin.

And the coming of age of communication via Internet to produce mass media with quality and the most difficult: to do it globally. This is a typical piece in which the client attitude is laudable, where they gave rise to the creative conditions allowing the communication to pack the punch that it did.

As an example, a company such as Unilever, which has all the political characteristics to carry out work pasteurized by norms and standards, has hedged its bets on a bold and authentic attitude. I would say this Grand Prix is an award for the agency and the client.

I also found awesome the campaign Heidies, created by Far Far to Diesel [Cyber Grand Prix winner].

Jornalirismo – What have been the main differences between Cannes 2007 and 2006 compared with earlier years?
Ricardo Figueira – In Cyber, several things have taken place which differentiate the trends and traditions of the category. Without getting into merit and good or bad judgment, these changes actually create a lot of surprises. Starting with the jury, which this year included people drawn from areas other than creation. This factor naturally introduces a certain imbalance in the criteria of creative quality, not least because of the lack of past creative knowledge of the award. In addition, there were a lot of market representatives where the culture and maturity in interactive communication are very distant from what the more active interactive media market actually is currently. In my view, these discrepancies impact the result of the shortlist, which is a reflection of individual judgment, when there is no discussion or exchange of references among the other jurors. And indeed the 2007 shortlist was of a much lower caliber than that of 2006. It’s no coincidence that 30 less Lions were awarded this year than last. Not because the level was more demanding but because the cut-off point of what could be voted as a Lion was more inconsistent. And thus the number of Lions tends to be a lot lower and the awards move closer toward the sense of common than the necessarily bold or novel. While the big awards, more specifically the Grand Prix, undoubtedly really do represent what is best in the industry. However, a lot of other factors influence this decision: firstly, the track record of awards this work has produced over the year; secondly the repercussion of the media over these earlier initiatives. That is, the top awards already arrive “hot” at the festival, facilitating the work of the less fussy and of course endorsed by the most demanding. Above all, there was also a technical factor this year which may have worked against Brazil, which was the crashing of the Internet link between Brazil and Europe on the day of judging the shortlist.

However the truth is that, if the Brazilian work had made an impact in the global media for quality, boldness and creativeness throughout the year, rather than depending on the event itself, all those aspects theoretically working against Brazil would have naturally been neutralized.

Jornalirismo – Brazil, in a general sense, has performed worse than expected and compared to previous years. What were the main reasons behind this?
Ricardo Figueira – In general aspects of communication, Brazilian work is still very much stuck in the early creative molds and structures, bar a few schemes. This is a consequence of the market phase we are going through right now, where majority of clients and agencies seldom risk doing anything really genuine or outside traditional molds.

Incredible though it may seem, this is a paradox. Look, we are going through a commodity-based phase, where all can be imitated, and it is communication’s task to differentiate the values amongst brands and above all amongst products. Unfortunately, you could count on one hand the cases where both agent and client decided to go beyond the old structures which provide a safety net in the process, to go on to develop something really different for the consumer.

Many prefer to say that this is the advertising of the future, so as not to have to do it now; it’s much easier to call it a trend and label the novel as a niche, than to have to accept that it’s time to change a structural model which is more than 50 years old.

The truth is that even the festival is more oriented toward a change, a change which not even they can technically translate, but yet everyone in the consumer role expects to see. Brazil is a country which has everything to develop but will only gain notoriety when it is more attuned to these circumstances.

We shall obviously continue to have marked performance, having won some Press Lions [printed media] here, and others in Direct [direct marketing] there, or even continue to be a world reference at Cyber, but notoriety in communication depends a lot on breaking this paradigm.

Jornalirismo – What will this year’s Cannes result bring in the way of changes to the creation structure of AgênciaClick? Will we see a change in strategy? A more aggressive commitment to the everyday routine of creation? Are you set to change any thing?



Ricardo Figueira – I think you would agree with me that it would be somewhat strange if the influence of some festival, even Cannes, were to interfere in any agency restructure. Our work is dictated by the challenges presented between what we believe and seeking results for our clients. Yes, I intend to change, but on a daily basis in line with our natural non-conformity, based on lessons learned, problems and fixes, but most important with the needs of consumers and the brands we handle.



Jornalirismo – What approach do you take to maintain motivation and prevent the tendency toward conditioning, the enemy of innovation and creativity?

Ricardo Figueira – it may seem obvious, but creation is something that feeds off productive unrest. And the more naturally this can come into play, the better this will be for the creative process itself. I attempt to reinvent my day-to-day, questioning my beliefs, seeking new truths, provoking myself, questioning myself, but this is my approach to life and the things I believe in. Of course, not everyone ticks like this and not all times are naturally open to this approach. So even in difficult times, we have to keep our eye on the ball, fight against “sameism” and seek a differential.

Jornalirismo – You said part of your discourse is the search for creative subversion, for the unusual, the surprising. How do you reach this point if the everyday routine is generally the opposite of a subversive environment? There’s a briefing, it has client expectations, information which repeats within an agency setting, advertising execs naturally end up going along with other advertising people. How can we be subversive? Advertising has been looking inward for creation sources and has distanced itself from the public.



Ricardo Figueira – I see creative subversion as a kind of virus which does not seek to implant any standard mindset but seeks to corrupt all. It is not a guide as to how people should create but a tool for transforming and modifying that which can be created.

This is not an artistic choice, it is an attitude in which the techniques or imagination are used to differentiate. Based on this principle, I try to build a creative environment influenced by things that are not just directly related to advertising, and by create we also mean invent. The product of this as a consequence goes well beyond a message, the result can materialize in a completely bizarre artistic direction, which stands out in the landscape but also in entertainment and even in a service. So the upshot of this attitude is a diverse range of different experiences which can propagate in countless ways. This, in my mind, is advertising.The fact that we are going through an era in which not only this nearing of the public is important, but also the involvement with them. Advertising is not just in the message but also in the experience of contact with the consumer and particularly in propagating their feelings. This is why we need to be ever more open. This depends not only on creation, the whole agency structure should also be involved in this process.

Jornalirismo – Alex Periscinoto, who led the creative revolution in Brazil heading the Almap creation, states that the agency that always delivers what the client asks for without surprising them, is a mediocre agency. What do you think? And how can you surprise the client, if many of them are themselves plumping for the tried and tested, for that which has been done before and which worked out?

Ricardo Figueira – This story of “tried and tested formula” is somewhat distant from what happens in reality.

I cannot recall any brand that can grant itself the luxury of not needing to shake up this market or that can allow itself to repeat the formula, albeit to hold on to leadership or seek it.

It’s not by chance that Alex Periscinoto is the master of our advertising. To surprise is an agency’s main role and if it were otherwise the client would have a house [house agency, an agency run by the client internally] and not an agency. The role of changing, evolving and experimenting with new approaches comes through daily working.

We have to present alternative paths as grandiose opportunities and not alternative paths as being underground.

The day-to-day toil is not easy I admit, but we must never be discouraged. And this the only way to build the more daring opportunities and initiatives, the first, the second, the third, until reaching the point in which the search for innovation or a more consistent differential becomes part of the everyday scene and the relationship between client and agency. When this relationship between client and agency reaches this maturity, the complicity becomes the best ingredient possible to fuel inspiration. In the end he who benefits most is undoubtedly the client.

Jornalirismo – I believe that one of your key qualities is the ability to discover new talent. AgênciaClick, despite the high turnover of its professionals, has managed to remain creative over the years. I think this owes itself a lot to your talent to put together great teams. How do you spot great talent? How do you know if someone has potential? You remind me of one of those talent scouts from the soccer world.


Ricardo Figueira – The first important thing is to have a healthy creative environment, composed of, above all, people of character and who are talented, in exactly that order, whereby one characteristic does not cancel out the other, ever. I don’t believe in this line of a bad or good crop or that there are no more talented individuals. This is an easy get out, and at best very presumptuous. Talents are rare, but they are out there and often dormant in some people. And these people can be anywhere, not just in the major centers, nor working just in this area. It’s really worthwhile not having a focus limited to those areas already dominated. In time and with experience we end up developing a certain ease of identifying these characteristics in a range of ways, whether it be through a chat or even a first job. But the most difficult part is not identifying but honing and really developing a talented professional. We face a highly dynamic and heated market today, not only in Brazil but also globally. This is good from a professional valuing side but terrible due to its distortion.

Unfortunately, professional experience has been replaced with opportunity auctions, but personally, I would not let a professional with a good grounding go, in favor of an award winner who has never put a job together alone with his own bare hands.

Jornalirismo – These days it’s common to hear: “Ah, do a viral campaign for such-and-such client”. This seems erroneous, does it not? Viral is not a category but a phenomena stemming from the quality of a piece of advertising, through its creative capacity is it not? I’d like you to say a little about viral aspect of advertising.


Ricardo Figueira – Virality as such is a consequence and not a format. And potential virals are what spontaneously generate interest in distribution or frequency (“addiction”), as simple as that. But the media portability factor and multiplication are crucial factors for the efficiency of this type of initiative.

Viral marketing, incredible though it may seem, is a highly complex way of doing communication and people do not always give it due credit and above all responsibility.


I remember that in the early years the common feeling about what was viral became an excuse to do anything that didn’t have budget, deadline and commitment to image responsibility. Later, the understanding about viral went on to become the format, in which a video translated the superficial meaning of what viral is. But today I think the common consensus is maturing and responsibility concerning what is distributed and signed by a brand is being acknowledged. The consumer role, as an active agent within a communication strategy is something very serious, not just through its amplification but also penetration which it has into several interest groups.



Jornalirismo – A consensus is emerging between the main creative worlds, that interactive advertising, or advertising of the new age, needs to place control of the experience into the hands of the public. This implies a radical change in culture. This placing of the experience in the hands of the public seems like much more democratic advertising, doesn’t it? Is this being done, is this phenomenon being understood by the big brands?



Ricardo Figueira – There really is a behavioral phenomena happening with society and it goes well beyond the communication aspect. In fact, people, the consumers have developed such specific and individual needs that the brands need to develop conditions to reflect, in their products or practice, the characteristics suited for them.



Consumers are increasingly feeling the need to impregnate their characteristics, their needs and particularly their individuality into their products.

Besides, they also seek to find products which already reflect this. This trend applies across all industries without exception. I imagine that even large scale industry production processes are being reviewed, so that conceptually the product can be highly adapted to the individual instead of adapted for the majority as traditionally thinking went.

Modern advertising is no different and is also influenced this way. It seeks to bring in the consumer to the center of its communication, to establish ties based on individual needs and identities, creating activities or differentials which may involve the consumer in a relevant way, reaching the point where the communication experience itself does not need to be interrupting or invasive, but a desirable experience by the consumer by choice.

The much-talked about web 2.0, the subject of so much discussion is a reflection of this. It is not the ends, it is a consequence, and represents a series of tools that provides for a means that society has found to naturally manifest their point of view or expression. However, the product of this phenomenon is not technology but people’s behavior. Technology is important to make this process viable, as a means and not an end.

These days it is nothing short of mad to ignore the power of propagating consumer perceptions onto your own experiences. In fact, the manifestation of the opinion of a consumer, based on an experience with a brand is not an option, it simply happens and spreads whether you like it or not.

The top brands are mobilizing to cater for this context. And many of them are winning the hearts and of many simply through trying to take more relevance to the consumers, even if this is emotional.

Jornalirismo – What would you suggest to the professional who is just starting out? Is their a path to success?

Ricardo Figueira – Race against the clock. Do not seek justifications to postpone your experience. Study in parallel. Start from the beginning, ignore the easy short cuts, they will be the greatest traps to stormy times in life. Get informed, learn how to listen, have idols, have poise.

Give of yourself. If you are not happy giving it your all, then seek a profession in which you are willing to do this.

We can and should prepare as best as possible to handle the professional market. However, the greatest outcome of success is above all, happiness and self-realization. It’s when you grab something that gives you passion and makes you happy simply through doing your best for that. Upon finding this, the chances of you reaching new levels of your professional relationship tend to come about naturally and then you shall experience little by little professional sublimation.

The vast majority of successful people, I’d say “made people”, did not plan a path, this was chosen for them through unbridled dedication and passion for what they do.

Thursday, September 20, 2007

Eu tive uma idéia! - Pra quem eu falo !!!!

Certa vez, uma equipe de criação interativa foi convidada para ir conhecer uma linha de comunicação criada por uma agência offline e também apresentada por tal.
Após a apresentação das peças, a equipe offline fez a seguinte pergunta: - Puxa, se por acaso a gente tiver umas idéias legais de internet com quem eu falo?
Neste exato momento, um criativo da equipe online respondeu: Ué, depende, se a gente tiver umas idéias legais de uns filmes para tv, com quem eu falo?

PS.: Apesar desse momento na vida real ter inspirado algumas risadas, nada mais natural e pertinente ;)

Wednesday, September 19, 2007

Jornalirismo - entrevista

Nesta semana foi publicada uma entrevista que dei para o site Jornalirismo. Se você tem curiosidade de ler clique aqui.
Só tenho uma observação a respeito. Eu gostaria de ter falado a respeito do assunto abordado na apresentação da entrevista, mas infelizmente não tive oportunidade. Assim, aproveito esse canal para isso.

"O VP de criação experimenta hoje uma nova e delicada fase de transição da agência, com a saída expressiva de profissionais da criação e a necessidade de mudança da estrutura criativa. A AgênciaClick, pioneira da comunicação interativa no Brasil, não está mais só. As agências grandes e tradicionais, como McCann-Erickson, JW Thompson, AlmapBBDO, DM9DDB, Africa, vem se destacando também na interatividade. E levando consigo muitos profissionais revelados pela AgênciaClick, celeiro da interatividade no país. Levando clientes também?" Jornalirismo


Comentário:

O mercado de "mídia online" realmente cresce assustadoramente, não só em volume de investimentos, mas também em quantidade de interessados, anunciantes, agências, enfim, todas as vertentes envolvidas. Assim a propaganda tradicional de fato passou a assimilar a mídia online como parte integrante das suas práticas em distribuição de mensagens, e para tal é preciso profissionais especializados, por isso esse momento está aquecido pelas diversas propostas oportunas. Mas vale a pena ressaltar que o movimento ao contrário por incrível que pareça também é intenso, vários profissionais experientes e renomados da publicidade tradicional recentemente resolveram "mudar". Na Click mesmo tem um monte deles, compartilhando de uma cultura nova, mas sobretudo ajudando a transformar a experiência da propaganda em algo mais moderno e envolvente.

A Click nesse tempo também cresceu, profunda e horizontalmente. O trabalho se tornou totalmente conectado à vocação interativa dos clientes. E isso não tem nada a ver com online e offline, isso é estratégia e criatividade, para gerar ação e reação, ação e reação, ação e reação... Isso é interatividade, isso é o nosso foco.

Aliás, não é porque a Click já fez filme pra TV, cinema, anúncios para revista, jornais e etc, que a gente ia se chamar de agência offline, até porque não somos e não pretendemos ser. Somos interativos. Simples assim, mesmo que pra isso a gente precise usar recursos menos provávies.

Wednesday, August 15, 2007

Cenas dos bastidores da interatividade

Essa não é uma cena de uma produção de cinema. Isso não é a gravação de um programa de TV e nem parte de uma obra em SP.
Essa é uma cena de uma produção de um site e de uma grande campanha interativa que está por vir.
Aguarde ;)

Friday, August 03, 2007

O que é interatividade pra você?

Abaixo, segue um texto muito bom da Bruna Comin que descreve interatividade no seu sentido mais simples e nativo. Divirtam-se e sintam-se à vontade para descrever também o que pensa você sobre "interatividade".

---------------

Esses hábitos tão interativos
Bruna Comin


Vamos lá. A tia vai falar um pouco sobre essa coisa de enviar e ter a plena certeza de que o outro recebeu a mensagem. Sim, ‘estudei’ semiótica, emissor, receptor e aquelas apostilas todas e digníssimos autores. Meu professor que mais parecia o Kajuru, que o diga! Brinde for today ;-)

Eu acho que isso começou quando eu nasci. Aquele doutor, bem velhinho já, me dando tapinhas no bumbum para que eu interagisse com ele. É, foi ali que eu comecei. Chorando, mas foi. Nunca tinha pensado nisso. Que interação sacana!
Esse dom de comunicar, de cutucar o próximo com a esperança de um revide sempre me soou muito bem. Aquele professor chato insistindo que não é possível que ninguém tenha nenhuma dúvida e você lá, interagindo, lógico, jogando bolinhas de papel ao ar... A interação entre os amigos durante uma prova – essa é a maior prova de que existem boas amizades para datadas situações; a interação com o cachorro do vizinho, quando se é criança e acha que late tão bem quanto ele. Beijo? Haja fôlego pra tanta interatividade! Carreira? Haja demissão por falta de conversa! Namoro? Sem interatividade não faz o mínimo sentido. Tente conviver com uma pessoa que não beija, não fala, não ouve, não transa, não convive, não adiciona. Pra isso não se precisa de um call to action, confere?
Mamãe sempre me espera chegar lá pelas tantas da noite pra contar algum acontecimento. E conta, conta, conta... De algumas interações eu tento fugir =P mas ok, eu interajo sorrindo e deixando a ‘véia’ mais feliz. Aí também tem música, teatro... Você interage cantando? Rindo? Pensando? Você interage consigo mesmo, que eu sei! O ser humano tem essa necessidade de ser ouvido, mesmo que por si mesmo. Quanta gente que fala sozinha você conhece? Ah bom.
Caixa de supermercado. Quer coisa mais decepcionante do que ouvir ‘Não trabalhamos com este cartão’? A interatividade acaba naquele momento. Todos os seus sonhos de consumismo – isso, consumismo - vão por água abaixo e, inclusive, a vontade frenética de digitar a senha que você sempre esquece. Estou ficando boba ou não é demais citar a interação com a maquininha? Não, né?!
E Internet então? Essa coisa que já vem nas features de um quarto de bebê nos dias de hoje (comecei em BBSs, em chats no DOS como Michelle Pfeifer. Pode? Lógico que pode, eu era uma garotinha recém chegada à casa dos decimais e achava o máximo quando descobria facetas como mudar a cor do nick – esse adendo foi ridículo, embora eu espere que vocês discordem). Hoje eu recebi um e-mail. Quer dizer, centenas deles. Adoro lê-los calmamente. E adoro ver cada reação que tenho com cada um. Eu interajo com meu próprio monitor. Isso é possível? Sorrio, leio e até choro a cada enviar/receber e-mails – choro porque, acredite, não são poucos mesmo. Mas o mais engraçado é que, se não recebo nenhum deles, e não há motivo para interagir com outrem, com o computador, com o teclado, eu fico muito pê da vida! Mamãe acha que isso é vício... Coisa de mãe! Não quero me curar deste mal. Eu gosto dessa tal Internet.
Ainda outro dia vi no dicionário que interatividade se relaciona a máquinas. Injusto. E tudo isso que citei acima? Não destruam meus sonhos, por ora, por favor. A interatividade está no pãozinho com manteiga - reparem, com manteiga – que tomo no café da manhã. Estou exagerando? Nada.
E no trabalho, então? Eu interajo o dia todo. Com pessoas. Com máquinas. Com o mundo virtual. Com o telefone. Com a minha caneta e a impressora. Eu sou obrigada a interagir com meu chefe, senão não estaria contratada ;-) Eu testo publicidade, testo banner, testo a capacidade da criatividade alheia. Eu clico em matérias, e leio, e interajo com os pensamentos de estranhos, sobre coisa qualquer, sobre publicidade, sobre marketing, sobre profissionalismo, sobre redação, sobre gestão de pessoas, sobre poemas, blogs, sobre vinhos e cultura. Eu clico nos links de um site para ver se realmente funcionam; e onde me levam. E vou indo. E clicando, e agindo. Eu trabalho. Eu me divirto. Eu mando, desmando, sou ‘pau mandado’. Eu aprendo. Eu conheço. Até viajo. Eu interajo.

Interagir. Agir? Girar? Constante que não tem fim. É tudo feito de interação. Interação e ar. Uma coisa leva a outra. Uma ação leva a outra. Uma ação gera outra. Ação, reação, interação. Meu cérebro sabe bem o que é isso. Às vezes acho que vou implodir de tanto conversar com ele. Movimento danado de recursivo!
Mas a interatividade mais bacana é entre nós. Você lendo, eu observando. Você pedindo, eu escrevendo. Você contando, eu sorrindo. Você cantando, eu ouvindo. Eu lhe acariciando, você sentindo. Você criando, eu apreciando. O mundo vivendo, todos acontecendo. Sem essa interatividade, tudo seria menos lúdico, faria menos sentido do que já faz, e, com certeza, teria menos graça.
Tudo é interativo?
Quem? Diga-me quem vive um dia não interativo? Brilhantemente – e amém - não dá. So irresistible.


BU, 070417

Thursday, July 26, 2007

As cores, formas e traços das obras de Angenor de Oliveira e Ray Charles Robinson



Seria Cartola o Ray Charles brasileiro, ou o Ray Charles um Cartola Americano? Dois gênios que falavam línguas diferentes e que viveram circunstâncias completamente diferentes. Os dois traziam em comum o DNA da genialidade criativa, uma genialidade não aprendida com ninguém, mas surpreendentemente extraída da capacidade de transformar em arte sentimentos, idéias e pontos de vista. Suas músicas conduzem pensamentos e sentimentos. Quer ver? Experimentem criar sob a atmosfera musical de um deles, ou melhor, dos dois.

Cartola e Ray Charles são tão diferentes, mas tão parecidos. As semelhanças realmente vão muito além do hábito de usar óculos escuros o tempo inteiro. Mas o melhor de tudo sem dúvida não eram suas semelhanças, mas as suas diferenças.

O pai do rhythm and blues, Ray Charles, nascido na Georgia, Estados Unidos, é o criador dessas músicas que soam circulares, que sonoramente parecem ter formas perfeitas, sem quinas, sem pontas e de ciclos mais curtos, mas muito intensos. Assim surgiu esse estilo, o estilo Ray Charles. Uma música com um ritmo que não trazia o instrumento percussivo como protagonista, mas a sua interpretação visceral. Assim a música de Ray Charles não surgiu de uma fórmula, em absoluto, mas de uma expressão da simplicidade de um homem que transbordava, na sua voz e no seu piano, a intensidade de suas crenças e de seu sentimento. Agora, pare um pouquinho e imagine as cores e as formas que se materializariam nas músicas de Ray Charles. E se, ao invés de músico, ele fosse um diretor de arte ou um designer, como seria esse trabalho?

Já aqui do outro lado do mundo, mais precisamente no Rio de Janeiro, nasceu Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, alguém cujo apelido já diz tudo. Basta dizer que ele trabalhava como pedreiro usando um estiloso chapéu para proteger o seu cabelo do pó de cimento. Só alguém com tanta personalidade e estilo poderia ser um dos responsáveis pela popularização e desenvolvimento do samba. É um tipo de música que mistura dois universos completamente antagônicos, a riqueza da harmonia musical e a informalidade da sua própria interpretação. Se por um lado os ciclos das músicas de Ray Charles eram curtos, os de Cartola passavam por longos caminhos além de completamente inesperados, mas que quando menos se esperava chegavam ao seu destino concluindo frases melódicas altamente ricas, sofisticadas, lindas e altamente sensibilizadoras. Sem falar que em uma única canção era possível perceber alegria, deboche, profundidade, tristeza ou reflexão. Os caminhos despertados por Cartola, além de diversificados, conduziam harmonias mais amplas e ainda mais inesperadas. É como se formasse uma paleta de cores que você nunca imaginou antes pelo simples fato de serem totalmente incompatíveis entre si, porém perfeitamente harmonizadas. A criação de Cartola era isso, uma espécie de combinação entre o erudito e o pagão, pelo domínio completo dos dois universos, desafiando a expectativa e acima de tudo a emoção. A direção de arte da sua música mistura a delicadeza do impressionismo de Van Gogh com a irreverência do grafiteiro das ruas, nascendo assim por conseqüência algo genuíno e altamente intrigante. Mas só há uma forma de experimentar esse mundo e tentar traduzi-lo de forma gráfica. Experimentando. Tente criar uma linguagem visual inspirada na mensagem e na atmosfera produzida por esses gênios.

Por mais que isso tudo possa parecer uma grande maluquice, uma coisa é certa - essa é uma experiência altamente prazerosa. E além disso, essa inversão sensorial pode contribuir muito para o descobrimento de novos caminhos conceituais e metalingüísticos, ou seja, é possível fazer algo completamente diferente se experimentarmos ouvir com os olhos e e enxergarmos com os ouvidos.

Friday, July 06, 2007

The Brazilian Interactive Groove

O que o samba, o futebol e a propaganda interativa têm em comum? Sem swing, os três ficam sem graça. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual o brasileiro se destaca mundialmente nessas três naturezas. Infelizmente, não entendo tanto de futebol quanto gostaria, de samba tenho uma pequena noção e sobre interatividade, passei os últimos 12 anos da minha vida ralando o suficiente pra me atrever a contar um pouquinho dessa história.

A fama do criativo interativo brazuca começou em 2000, ano em que a publicidade online passou a fazer efetivamente parte integral da indústria da comunicação. Desde então, o Brasil não parou de exportar talentos para todos os cantos do mundo. Muitos fatores contribuíram para isso e é claro que os festivais internacionais foram as verdadeiras alavancas. Principalmente na época em que a comunicação interativa se resumia a banners, não por opção, mas por condição e maturidade de mercado mesmo - traduzindo ao bom e velho português, prazo e investimento em internet. E é aí que começa tudo. Aqui entre nós, nessa época muita gente se recusava a fazer um anúncio de um quarto de página porque, nas palavras deles, “não dava layout”; fazer um banner de 468x60 então seria no mínimo uma brincadeira de mau gosto. Mas o desafio chamou atenção de muita gente que ainda não estava contaminada por aquela empáfia, mas por outro lado chamou a atenção dos criativos mais novos pelas possibilidades dinâmicas e interativas do meio. Assim nasceu a escola criativa mais ousada e radical da comunicação brasileira, a escola dos banners brasileiros. O menor e mais sintético formato de anúncio do mundo com todas as restrições imagináveis e que durante muitos anos foram as únicas iniciativas interativas cabíveis dentro dos prazos e investimentos do nosso mercado. Isso fez com que o criativo interativo brasileiro se tornasse um especialista em idéias simples e conceitos interativos fortes. Logo, o mundo passou a reconhecer e premiar banners “brasileiros” nos mais diversos festivais internacionais, porque como falei anteriormente ele de fato “swinga” muito mais do que a grande maioria. Cheguei até a ouvir recentemente alguns diretores de criação de outros países usarem a expressão “brazilian banner” como um adjetivo que se refere a peças simples, inteligentes e interativas. E se isso por um lado é muito bom, por outro é ruim porque virou estereótipo, e estereótipo se torna alvo fácil de crítica pela simples evidência. Vejam o que aconteceu recentemente com a Crispin and Porter, nos Estados Unidos. A Crispin é uma agência irreverente e tem em sua carteira de clientes várias marcas que estão em segunda posição dentro do seu segmento, ou seja, mais dispostas a arriscar e fazer barulho. Com isso, toda campanha irreverente e ousada naquele país passou a ser adjetivada de “Crispin Campaign” seja de lá ou não, e da Crispin mesmo não se espera outra coisa, tornando-a assim vítima do estigma criado pela própria evidência. Visitamos outro cenário agora, na Europa, os malditos sites maravilhosos da Volvo. Quem em sã consciência e um pouquinho de experiência não reconhece um site feito por aqueles caras que passam mais de 12 meses num projeto e depois pelo menos 1 mês testando? Vou usar outro estereótipo para classificá-los: sites verdadeiramente “hollywoodianos”. Huuum, e tem, claro, os japoneses, não podia deixar de citá-los. A combinação entre criação, mercado e cultura desses caras, quando comparados ao resto do mundo, resulta numa grande estranheza, que às vezes dá muito certo e às vezes parece bizarro demais para a nossa cultura.

Poderíamos escrever várias páginas sobre os diversos estilos de criação-interativa ao redor do mundo ou até mesmo as diferentes tendências dentro de pequenos países como a Suécia e Holanda, mas não seria necessário tudo isso pra dizer que agora não existe mais uma polaridade que torne um país indiscutivelmente muito melhor do que os outros em criatividade interativa. Existem sim vários mercados com condições específicas que geram diversidades criativas. Essas especialidades contribuem para que a comunicação interativa seja mais abrangente, mais completa e mais imersiva.

Enfim, toda essa movimentação criativa mundial dos últimos anos pra cá é interessante para fazer algumas reflexões. Por exemplo: qual seria o resultado da atuação de um profissional ícone europeu aqui no mercado brasileiro? Ou um americano no mercado japonês? Ou ainda um japonês na Europa? E o brasileiro com a sua escola de banners e projetos “se vira nos 30”, como se sairia em outros cantos do mundo? A verdade é que o mundo é cada vez mais “se vira nos 30” e demanda cada vez mais simplicidade e eficiência, “grooving and swinging”. Mas o melhor de tudo, e independente do que o resto do mundo pense sobre o estilo criativo brasileiro ou independente dos resultados dos festivais, a verdade é que o nosso mercado está evoluindo perceptivelmente, devagar, mas evoluindo. Impulsionado por vários fatores como investimento, resultado, mudança de comportamento do consumidor e, sobretudo por causa de gente desbravadora que está fazendo bem mais do que banner mesmo ainda se virando nos 30”.

Wednesday, July 04, 2007

Refências criativas

Sabe aquele monte de informações que você recebe durante as mais diversas circunstâncias do cotidiano ou da vida? Então, que tal se a gente fizesse um exercício de apuro do que absorvemos diariamente a ponto de tentar tirar um proveito mais consciente dessas experiências?

Bem, de cara, a gente logo percebe que não existe “coleta seletiva” e o volume de informação que nos bombardeia por todos os lados diariamente é gigantesco, capaz de produzir todo e qualquer tipo de sentimento, comum ou incomum. Mas e aquilo que não nos produz reação? Bem, deixa ela pra lá por agora, talvez seja um tipo de informação que não esteja preparada para você ou você não esteja preparado para ela. De qualquer forma tirando essa categoria a gente consegue dividir tudo que absorvemos em três grandes grupos.

O primeiro deles é a informação proveniente dos fatos, as coisas que simplesmente acontecem e chegam até você e a todo mundo de diversas formas. Essa informação é o senso comum, é o que as pessoas comentam ou simplesmente incorporam em suas rotinas. Fazem parte de uma realidade compartilhada e naturalmente acabam criando uma percepção comum sobre caráter e consequência.

O segundo grupo são as informações pelos quais você se interessa e naturalmente busca, por afinidade, admiração, interesse natural, entretenimento ou simplesmente necessidade.

O terceiro tipo são as suas próprias conclusões, entendimentos e sentimentos produzidos a partir da reação às informações que lhe são submetidas, ou seja é o conteúdo produzido embarcado da sua opinião, da sua opção e do seu posicionamento consciente ou inconsciente. Por incrível que pareça é daí que sai o original e o autêntico, porque simplesmente passam por uma química que é única. A informação deixa de ser material bruto ao ser misturado com o DNA da percepção de cada um e se tornam informações capazes de proliferarem a diferença entre as percepções e sobretudo especularem novas elaborações cognitivas para diversos temas. São dessas informações que renascem os potenciais quebra-de-paradígmas, as rupturas, as novas tendências, as esquisitisses e sobretudo o novo.

Por isso o criativo de profissão precisa alimentar constantemente seu metabolismo de informações das mais diversas naturezas, para que ele esteja produzindo novos significados e deixe o seu laboratório químico pessoal mais diversificado possível. Ele precisa cuidar do repertório, mas sobretudo da sua capacidade de criar um ponto de vista diante dele e trazer um novo siginificado capaz de sensibilizar as pessoas pela novidade, sedução ou curiosidade.

Lembrei-me agora de um filme muito interessante chamado Alta Fidelidade, em que John Cusack fazia o papel de um dono de uma loja de discos que tinha mania de criar uma lista Top10 músicas para todas as circunstâncias na sua vida. Isso é uma brincadeira legal, ao menos para se testar.

Infelizmente hoje quando você pergunta para um publicitário quais são os seus top 10 criativos preferidos, é bem provável que ele diga o nome de pelo menos outros 5 publicitários e é aí que mora o problema, quando o músico só se inspira em outros músicos para criar, quando o pintor só se inspira em outros pintores ou quando o escritor só se inspira em outros escritores. Com isso a probabilidade de reprodução de velhas conclusões criativas é muito grande e assim tudo vai ficando muito igual. Mas tem também aqueles mais desleixados ainda, os que nem conseguem contar nos dedos das mãos os nomes de referência na sua profissão, seja por auto-suficiência ou preguiça mesmo.

Enfim, referência criativa não tem idade, sexo, cor ou credo, é tudo, É tão importante quanto critério. Critério? Mas o que é critério? É um senso qualitativo desenvolvido com a experiência. Mas isso não é um contra-senso? Você se desfaz de prerrogativas antigas para buscar as novas e ainda diz que as experiências anteriores são importantes? Exatamente. É uma contradição, a vida é cheia delas e a gente tem que tirar o melhor disso.

Aproveitando o ensejo, nos últimos meses saíram os resultados de vários grandes festivais internacionais de comunicação como o The One Show (www.oneclub.com), Clio Awards (www.clioawards.com), The Art Directors (www.adcglobal.com) e Cannes. Vale a pena conferir e ver como as pessoas andam transformando as suas referências em critérios pelo mundo a fora. Afinal ninguém é uma ilha.

Ah, só por desencargo de consciência, quais são os seus top 10 criativos?

Monday, July 02, 2007

Alex Bogusky - Tão longe, tão perto.


Eu particularmente nunca gostei da idéia de usar o meu blog como um cliping das iniciativas de outros veículos ou blogs, ou seja não é minha vocação fazer assessoria de imprensa do mercado, mas confesso que se existisse uma oportunidade em que isso valeria a pena, a entrevista de Alex Bogusky da Crispin & Porter publicada no Meio e Mensagem dessa semana seria uma grande contribuição. Vale a pena conferir.

Saturday, June 30, 2007

TV Digital - Produção, atenção! Acabou a brincadeira

Na Click recentemente criamos um laboratório interativo onde desenvolvemos vários estudos e pesquisas sobre o uso abrangente da linguagem interativa sobre os mais diversos meios. Um dos atuais objetos de estudo é a TV Digital, da qual temos um sinal que recebemos da TV Globo em fase de testes. A qualidade de imagem traz realmente uma nova experiência com a TV. Por outro lado, é possível enxergar sem o menor esforço toda e qualquer poerinha que existir num cenário, as sujerinhas no cantinho da parede, uma pontinha do carpete levantado, as emendas de tecido ou papel do cenário, assim como as marquinhas da pele dos atores mesmo muito maquiados. Os fundos de cenário em cromaqui então se tornam uma piada de mal gosto quando mostrados com sinal digital. Ou seja, as produções em geral terão que ser profundamente repensadas e muito aprimoradas para que a qualidade da experiência em TV digital não seja comprometida pela produção dos programas.

Friday, June 29, 2007

Acabaram todos os problemas com virais



A partir de agora fazer um viral é fácil, basta assistir o vídeo acima :)
ahahahah

Thursday, June 28, 2007

Rebuliço - Grand Prix Film



Tá dando um rebuliço danado essa história do Grand Prix de filmes em Cannes ir para um filme de internet. Afinal, nada mais justo julgar um filme pela idéia e não pelo formato dele. Isso é um grande passo, pois a categoria Film não se restringe ao meio, mas à experiência do conteúdo. Isso poderia ser uma inspiração para os festivais brasileiros, como o CCSP, Colunistas, ou seja, todos os prêmios que tem categoria TV e Cinema se tornassem Filmes. Com certeza o resultado e até a influência das novas possibilidades trariam novidades para a forma de fazer filmes, valorizando assim a criatividade sobre qualquer outra coisa.

Saturday, June 23, 2007

Bye Bye Cannes


Enfim, em algumas horas deixo a cidade de Cannes, onde tive a oportunidade de estudar mais um pouco e aprender bastante novamente. O encerramento da minha temporada de estudo por aqui esse ano fechou com chave de ouro. Al Gore deu uma aula de comunicação e sobretudo priorização. Em breve publicarei aqui várias reflexões sobre os diversos assuntos em torno do festival.
Amanhã sigo numa nova viagem de trabalho, mas em breve, ao voltar para o Brasil disponibilizarei fotos, trabalhos e muita discussão.

Enquanto isso, se você quiser ver uma cobertura do festival com conteúdo em vídeo bem interessante acesse http://www.isobartv.com. Tem entrevista com Tom (presidente do juri e vários jurados do cyber), Nigel Morris do Isobar, Matias da Farfar, Eu e o Pedro da Click, premiação em geral e muitas cenas do cotidiano da semana de Cannes fora do Palais.
Aproveite!