Wednesday, September 13, 2006

Curta-metragem interativo no cinema e na internet









Quem mora na cidade e nunca foi surpreendido por um dia cheio de fatos inesperados, dos mais variados possíveis? Imagine se em cada decisão simples na sua vida você pudesse conhecer as consequências das escolhas que faz. Não há dúvida que no mínimo o melhor da vida ficaria para trás. E se ao menos nós pudessemos escolher novamente os nossos passos só pra ver no que pode dar e tirar o melhor proveito disso?

Essa é a história de João, protagonista do filme interativo da Fiat, que não só mostra exatamente isso, mas permite que você brinque de Deus, escolhendo as várias opções da vida dele e assista suas consequências.

A nova campanha interativa da Fiat para o lançamento do IdeaAdventure vai trazer um curta-metragem interativo criado na Click, produzido por Fernando Meirelles e dirigido por Rodrigo Meirelles da O2 Filmes.

Confesso que criar e fazer acontecer uma iniciativa dessas não é nada fácil, são quase 16 roteiros diferentes. É tudo literalmente uma graaaaaaaaaande aventura, desde a concepção, passando pela aprovação e por fim a produção-final. Afinal, quem tá na chuva é pra se molhar e no mínimo se divertir, ou será que a gente também não poderia tirar o melhor proveito disso? Esse é o espírito.

Assim que o filme entrar no ar daqui uns dias, eu aproveitarei pra contar aqui todas as aventuras e aprendizados.

Pra fechar o post por hoje vale a pena dizer que o filme será exibido em salas de cinema digitais de BH, RJ e SP. A experiência interativa no cinema será divida em dois momentos da sessão, a primeira parte é um trailer que convida o expectador a enviar por SMS as letras correspondentes às suas opções relativas às perguntas que lhe são apresentadas na tela. Logo em seguida no segundo momento, em tempo real, o sistema identifica os votos da maioria dos expectadores daquela sala e exibe no telão o curta-metragem montado pelos próprios participantes.

Na internet, o endereço www.fiatideaadventure permitirá que todos os visitantes possam criar vários filmes onde as histórias se completam e finalizam materializando a mensagem "A vida na cidade é uma aventura". Vale a pena depois conferir...

Monday, September 04, 2006

Chorinho é muito mais que gênero musical

Ao chegar para morar definitivamente em São Paulo cerca de dois anos atrás conheci a feira Benedito-Calixto, e um fato muito impressionante me marcou lá, a presença de vários senhores tocando com muito entusiasmo horas de chorinho. Apesar de gostar muito de música, principalmente desse estilo que consagrou uma das mais talentosas pessoas que já passou pela Terra (Cartola), eu nunca tinha presenciado tão intensamente tal experiência ao-vivo.

Aquilo me marcou profundamente a ponto de não conseguir ouvir nada de diferente durante meses e acabou me influenciando muito, a ponto de fazer parte do meu repertório de trabalho, onde tive a oportunidade de oferecer ao cliente algo que na minha opinião trazia uma mensagem relevante e genuína para o consumidor como também pela oportunidade de materializar e compartilhar da inspiração pela vida como parte do dia-a-dia no trabalho.

Mas afinal, qual é a diferença entre o repertório do trabalho criativo do dia-a-dia de uma agência e a nossa coleção de experiências da vida?

Nenhuma. A combinação desses fatores em um ambiente favorável cria a condição para se desenvolver um resultado realmente apaixonante e original, tornando a experiência criativa uma oportunidade natural do que pode ser considerado uma comunicação íntegra e profunda.

Auto-referência !!!



Infelizmente hoje uma boa parte da propaganda brasileira tradicional ainda tem como principal referência e inspiração as suas próprias experiências anteriores, ou no máximo as experiências elaboradas por outras pessoas que também trabalham com propaganda. O cenário se agrava ainda mais quando vemos os mesmos modelos, os mesmos traquejos e as mesmas fómulas se repetirem, repetirem e repetirem sem parar. Chega ao ponto em que até embalagens de marcas concorrentes dentro de um mesmo segmento são copiadas para serem consideradas uma opção de compra mesmo que por similaridade.

Esqueceram que o mundo moderno conta com uma indústria de cinema gigantesca, uma infinidade de artistas plásticos, bilhões de músicas, livros, fatos interessantes, assuntos, exposições, estórias e tantas coisas incríveis disponívels que fica difícil acreditar que a referência atual continue sendo apenas a própria propaganda. Sem falar do cotidiano do ser-humano que naturalmente sempre foi a mais rica referência da experiência humana. Será que as pessoas hoje não vão mais em locais públicos ou não percebem a peculiaridade das diferenças individuais e das relações humanas? Esses detalhes percebidos jamais serão apontados em pesquisas, em dados demográficos ou TGIs da vida. Para piorar ainda existem alguns que não percebem sequer as mudanças dentro das suas próprias casas e nem vêem a nova relação que seus filhos possuem com as chamadas “mídias”, seus meios de comunicação e entretenimento preferidos.

Enfim, talvez esteja todo mundo ocupado demais e não tenha mais tempo para alimentar a alma de novas percepções a ponto de não conseguir fazer outra coisa que não seja reproduzir “melhores práticas”. Se isso não mudar em breve alguém vai acordar e abrir um tipo de empresa onde trabalharão, artistas-plásticos, mágicos, comediantes, escritores, cientistas malucos, fotógrafos, etc, surgindo assim um novo tipo de marketing para a coleção de nomeclaturas de uma mesma coisa do nosso mercado, o “marketing-de-inovação-diária”.

Sunday, September 03, 2006

Cuidado com a epidemia dos conceitos distorcidos !!!


Comunicação viral ao contrario do que muito se fala por aí não é formato e muito menos sinônimo de filminho pra internet. Viral é consequência de algo que impressiona, algo que provoca reação, a ponto das pessoas espontaneamente terem vontade de compartilharem umas com as outras. Se antes a velha propaganda era baseada em emissão e recepção hoje ela deve procurar sempre transformar um receptor em um novo emissor.

Na minha opinião essa é uma das grandes diferenças da propaganda moderna para propaganda tradicional, onde a mensagem deve ter potencial de reação e a sua estratégia permitir a sua redistribuição.

Viral nada mais é do que algo criativo e forte suficientemente para causar reação e se multiplicar, seja proporcionando entretenimento, conveniência, relevância ou simplesmente identificação com causa ou efeito.

Por falar nisso, alguém tem algum novo artigo do Arnaldo Jabor rodando por aí?

Saturday, September 02, 2006

Envie para um amigo !!!


O consumidor é por natureza um formador de opinião. Alguém que de alguma forma passa por experiências que lhe proporcionam vantagens, benefícios ou não. É alguém que vive em grupos, seja no trabalho, entre amigos de faculdade ou simplesmente por afinidade de interesses.

Trocando em miúdos o consumidor é alguém em potencial capaz de falar espontaneamente bem ou mal de algo que vivencia ou é exposto. Na verdade isso nada mais é do que o conhecido bom e velho boca-a-boca, a diferença é que a internet é uma ferramenta de amplificação desse fenômeno em larga-escala, com uma dimensão e velocidade absurdas.