Eu particularmente não gosto muito dessas especulações que profetizam o fim das coisas boas. Mas negar que existe algum sentido nessa especulação também é ingenuidade. A Gazeta Mercantil por exemplo, infelizmente foi-se. O New York Times assumiu de vez a corrida alucinada na transformação do seu business de papel em conteúdo transmídia e vem de fato construindo uma fantástica plataforma de informação utilizando os meios mais diversificados, ricos e flexíveis possíveis.
Para piorar, no cenário de hoje, cinco minutos são suficientes para uma notícia ficar velha e além de tudo isso as pessoas estão de fato sujando menos as mãos em papel e tinta. Por incrível que pareça, eu confesso que ainda tenho o hábito de tomar o café da manhã folheando aquelas páginas grandes e difíceis de manusear. Gosto de ler os colunistas e ver o ponto de vista editorial, não só os fatos em si. Até porque realmente não acompanho fatos por jornal.
Mas a verdade é que não devemos ter preconceito ou generalizar. Por exemplo, existe algo mais útil do que jornal em metrô? O contexto às vezes se torna mais importante do que qualquer coisa, sem falar que o uso surpreendente e criativo da mídia em si já provoca um grande impacto. Vou repetir uma frase que usei no post passado e que vem muito bem a calhar nessa história que vou lhes mostrar. "Tradicional não é a mídia, mas o uso medíocre que na maioria das vezes se faz dela".É exatamente por isso que eu faço questão de dividir esse case da AGE para OLLA com vocês.


