Tuesday, October 30, 2007

@ GlueLondon (Isobar) e + London

Primeira semana de trabalho. No começo a cabeça vira do avesso e no final de cada dia é como se você vivesse 2 dias em 1. Leva um tempo para o cérebro acostumar à nova vida de ter que funcionar 100% em outra língua, ainda mais em um lugar com tanta gente de lugares diferentes, ou seja, um festival de sotaques. O sotaque mais difícil é de um dos caras mais bacanas e de bom papo que conheci mais de perto recentemente, o escocês Mark, CEO da Glue.


É muito bom duplar com o Seb que é um cara fantástico, tocar e conhecer novos clientes, projetos e ainda saber que ainda tem muito mais coisa para acontecer. Ou seja, se trabalhar em uma agência bacana é legal, trabalhar em várias, com vários mercados, com várias realidades é fantástico ; ) Thanks Isobar.


Por falar em realidades diversas, hoje pela manhã estava no metrô da Central Line quando vi um anúncio de um dos produtos do capitalismo mais geniais já inventado. Trata-se do Peace Oil, não é brincadeira, é verdade, um azeite que é produzido na Palestina. O azeite é feito por árabes e judeus. Acreditem e pasmem, mas eles criaram uma empresa onde árabes e judeus trabalham juntos para apurar as suas técnicas na produção do azeite e criaram uma marca que representa e estimula esse valor da integração. Imagine um judeu comendo uma ciabata com azeite produzido por árabe e vice-versa?

(Hoje pela manhã, tive um problema com a atualização pelo mobile, por isso saiu tudo pela metade. Problema resolvido)

Sunday, October 28, 2007

Primeiras impressões e experiências no UK

Uma coisa é você vir a passeio a Londres, outra completamente diferente é viver diariamente a realidade. Aqui vão algumas observações.



Clima
- Como diz um amigo meu, tudo que se fala sobre Londres é um exagero, menos o clima. Enfim, frio pesado lá fora (ensaio para o inverno) e tudo quentinho aqui dentro de casa (aquecedores em todos os ambientes).



Super-mercado
. 1 espiga de milho custa o mesmo que 1 queijo Roquefort enorme (4 libras). 300g de Parma de primeiríssima, 3libras, 1 cacho de banana também 3 libras. 1 bom vinho Sauvignon você acha vários por menos de 10 libras. É tudo discrepante e se você não abre o olho facilmente pode cair na tentação de ter uma alimentação terrível e virar uma baleia.

Povo - Mistura completa, mas prevalece a educação.

Característica britânica - adora tradição, seja qual for, sustentar hábitos em função de um prazer, uma inspiração, uma crença ou simplesmente para criar uma referência. Adoram piadas irônicas ou deixar umas cascas de bananas nas conversas pra você cair nas piadinhas. Se divertem sozinho com essas coisas, é um prazer maluco deles. Leve na boa que você se divertirá e ainda aprenderá bastante ; )

Vida Digital - Avançadíssima. TV no celular, tv digital com "propaganda-sites" na TV, exatamente como a gente vai passar a ver no Brasil a partir de dezembro. Aliás aqui só faltam 12 meses para eles desligarem o sinal analógico da tv. Ah, tem também celular de graça. Como assim? O serviço Telecom aqui é tão commoditie que recentemente lançaram esse modelo. Simples, você recebe um telefone que foi patrocinado por algumas marcas. No momento em que você habilita o telefone, você recebe mensagens, vídeos e MMS em formato de propaganda no celular. E caso você não queira nada disso? Ótimo pague 21 libras por mês e tenha 700 minutos e 700 mensagens. Quanto custa no Brasil 700 minutos mesmo? Mas se você ainda acha que 21 libras é muito, tudo bem, você pode balancear isso colocando um pouquinho de propaganda no seu celular pra baratear mais. Você faz o match do jeito que quiser. Mas e se você quer um pré-pago pra não ter que se vincular a nenhum plano? É só comprar online o seu cartão SIM por 2 libras que ele chega na sua casa 4 dias depois pelo correio. Você deve estar se perguntando, mas isso não vai custar um absurdo, afinal um cacho de bananas não custa 3 libras? Não, na verdade você pagar 10 centavos de libras os 3 primeiros minutos de cada dia e os minutos subsequentes podem custar 3 centavos de libras. E internet em casa? A conexão de internet na sua casa com 24MB de conexão de verdade custa 25 libras e se você não gostar do serviço em até 100 dias pode cancelar que o seu dinheiro é devolvido.

Transporte - metrô ótimo, limpo e conservado. Taxi só em casos extremos ou necessidades especiais. Não consegui ainda me imaginar dirigindo tendo que sair de uma dessas rotatórias (balão) pelo lado contrário (direito), parece que você vai causar um acidente gigantesco.

Passeios - parques, museus, galerias, teatro e shows.

Agência - ambiente bem mais ligado à arte e sofisticação em geral do que no Brasil. Isso influencia totalmente o processo, os hábitos e a estrutura da agência. Confesso que pessoalmente sinto falta da mídia junto da criação. De qualquer forma essa divisão mercadológica de agência de criação e agência de mídia por um outro lado faz com que as soluções criativas sejam mais livres da compra de espaço e as experiências interativas sejam mais virais por si só. Pint (beer) no final do expediente é absolutamente normal, inclusive dentro da agência.

Clientes - exigentes, inteligentes e arriscam mais. Ao contrário do americano que busca a fórmula do sucesso, o cliente britânico busca ser inusitado e fugir das fórmulas. Tive a experiência de acompanhar um cliente que era PhD em antropologia (medo) que soltou uma ótima. "Não pretendo fazer focus group porque não acredito que isso é uma ciência exata. Não podemos prever o comportamento do consumidor nesse nível, o ser humano não é previsível a esse ponto. Temos que botar a cara a tapa, se não der certo temos que ter um plano B para corrigir, mas estamos fazendo o nosso papel em tentar inusitar. Tô com a agência". Acredita?

Enfim, esses são alguns dos pontos que pude perceber nesse pouco tempo aqui. Me deixa então aproveitar o final de semana. Afinal também sou filho de Deus... até a próxima.

Monday, October 15, 2007

Green Beans (Steve Jobless)

Entrevista imperdível com Steve Jobless !!!
Resources economy for environment ;)

Friday, October 12, 2007

Fase de transição : )


SP < -------->LONDON

Olá amigos. Bem, este blog que inicialmente batizei de Day-by-Day vos agradece a audiência e sobretudo a sua paciência por muitas vezes não atender às expectativas criadas pelo seu próprio nome.

Confesso que existe um bocado de incoerência nisso. Mas aqui pra nós, coerência demais enche o saco e torna tudo previsível, né? Sei que a dinâmica de atualização do blog nunca fez realmente jus ao nome. E o pior é que quanto mais atribulado e corrido era o meu dia-a-dia, mais desatualizado ele ficava. Isso quer dizer que quanto mais assunto eu tinha, fatalmente menos condições de compartilhar com vocês sobrava e logicamente mais tempo eu devia para minha família. Resultado: Nunca consegui atingir esse equilíbrio, mas acredito que um dia pelo menos serei bem melhor nisso do que hoje.

O Day-by-day foi ao ar pela primeira vez em maio de 2006, com a intenção de retratar aos amigos brasileiros os momentos interessantes vividos em Cannes como jurado. Nessa época chegamos a ter 1600 visitantes únicos por dia. E se por um lado eu alimentava a expectativa por aqui, por outro rolava a pressão de que como jurado eu não poderia falar nada do que rolava de fato. Nesse cenário, fiz o melhor que pude dentro do tempo e diante das informações que eu podia publicar. Ainda assim o saldo foi positivo e a incoerência se tornou meu aliado. A minha primeira experiência de "blogueiro" foi inaugurada e serviu pra muita coisa, fiz muitos experimentos, amigos e o mais importante, aprendi muito, mesmo que ele não seja nem de longe algo exemplar. Entretanto se houve um motivo pela qual achei relevante continuar o blog foi para compartilhar minha opinião sobre os fatos ou desafios de mercado vividos.

E este um ano de blog foi um ano dentre os vários anos de trabalho vivenciados em um ecosistema chamado mercado brasileiro que evoluiu muito e chegou onde chegou às custas de muita luta e de muita gente de valor. Agora, neste momento vivo um processo de transição, onde me desligo temporariamente desse ecosistema e me preparo para adentrar um outro. Acho que não poderia haver momento melhor, não por fatores externos, mas por mim mesmo. Optei por um ecosistema que me permitisse desenvolver muito mais do que uma adaptação física ou climática. E já que uma vivência em outro ecosistema invariavelmente influencia a nossa genética bilógica optei por um ecosistema que pudesse contribuir positivamente sobretudo aos meus pensamentos, às minhas atitudes e por consequência também ao meu trabalho. Por outro lado, sou um ser que levo a esse novo ecosistema diversas características biológicas que desenvolvi e assimilei aqui no nosso. Vou para trocar verdades temporárias e sobretudo solidificar as permanentes. Vou para misturar cores diferentes, aprender novos instrumentos, mas também ensinar os que aprendi e os que inventei. Vou também para ser uma ponte, sem desconectar, nem da Click, nem de ninguém, ao contrário, conectando a Click a outros mundos, tal como a interatividade, uma via de mão-dupla. Nosso cordão umbilical será a Isobar. So far, so close!

E assim esse blog continuará funcionando sem promessas, porém verdadeiro, mesmo que os posts daqui pra frente possam não ter nada a ver com os assuntos que sempre tratou. E já que você leu esse post até aqui, vou te dar te presente o link de um blog de um amigo de infância, ex-dupla (redator) que simplesmente relata de forma maravilhosa o Day-by-Day dele desde que passou a morar nem Paris. (http://www.cheriaparis.blogspot.com).

Até a próxima e um grande abraço!

Wednesday, October 10, 2007

AgênciaClick indicada no Caboré ???


Desculpem o post "chapa branca" na lata, mas eu tenho que ser verdadeiro.
Fiquei muito feliz com a notícia. Não só por fazer parte dessa agência que é uma total mistura de raças, mas pelo que isso representa em termos de quebra de paradígma. A Click já foi vencendora do Caboré na categoria Especialização, mas é a primeira vez que vai concorrer como Agência de Comunicação.
A indicação em si já é uma vitória, do mercado interativo como um todo e principalmente da indústria da comunicação que vem cada vez mais rompendo as barreiras, sendo cada vez menos sectarista e procurando respostas originais para velhos dilemas.
Acho que essa candidatura é uma representação de todo mundo que está procurando soluções diferenciadas independente de meio, de todo mundo que de uma forma ou de outra se sente parte desse momento carente de mudanças. E não tenho dúvidas que se existe uma agência que tem feito de fato coisas novas e relevantes em vez de ficar só no bla-bla-bla, essa agência é a Click.